Para estrear
esta nova sessão, nada melhor do que “A Odisseia”, o livro que narra a volta do
guerreiro grego Ulisses (ou, no original grego - permitindo "compreender" melhor, por sinal, o título da obra -, Odisseu) em meio a deuses, monstros e outras criaturas mitológicas para casa (a
ilha de Itaca, na Grécia), depois da Guerra de Troia.
A autoria do
livro é costumeiramente atribuída ao poeta da Grécia Antiga Homero, embora haja
controvérsias e certas “correntes” defendam a tese de que a história teve mais
de um autor e ela foi sendo escrita em diferentes épocas (tal qual uma espécie de Wikipédia da Antiguidade) até tomar sua forma
definitiva, como a conhecemos hoje.
É uma boa
leitura, fluída, divertida (ao menos a edição que repousa na minha biblioteca
pessoal – o texto original trata-se de um longo poema épico, enquanto aqui
foi transposto para o formato de prosa), que surpreende mesmo pela sua
“contemporaneidade”, ao menos na linguagem, considerando-se que foi escrita há
mais de dois mil anos.
Porém, apesar desses atributos e de ter realmente me agradado, por
algum motivo, há alguns anos atrás empaquei nessa aventura – e lá devo ter
ficado perdido, em alguma das ilhas cíclades...
Não lembro
ao certo, mas provavelmente fiz casa na ilha de Ogígia, onde habitava a
maravilhosa ninfa Calipso (sim, confesso que gostei de lá e talvez minha
“greve” de leitura da obra se deva a discordar veementemente da partida do
nosso herói de tão belos lugar e companhia)...
Mas, enfim, não,
meu intuito não é cumprir os dez anos de "exílio" tal qual Ulisses e só acabar o livro
daqui a uma década. A verdade é que, embora ainda distante de Itaca, anseio sim
um dia ser recebido pelos braços da doce Penelope.
No entanto, um outro
dilema surgiu recentemente - tal qual uma das tantas surpresas de Ulisses em meio ao mar ou como um “sinal” para os profetas daqueles tempos - no caminho dessa
minha odisseia particular...
dia desses participei de um evento de troca de livros e lá encontrei e acabei trazendo para casa um outro livro de autoria atribuída a Homero:
“A Ilíada”.
Pois, para quem não sabe, esta seria, no caso, a "irmã mais velha" da Odisseia, ou a
"primeira parte" da história, aquela que se passa especificamente em meio à
Guerra de Tróia, antes de Ulisses cair no mar...
dia desses participei de um evento de troca de livros e lá encontrei e acabei trazendo para casa um outro livro de autoria atribuída a Homero:
“A Ilíada”.
De tal
maneira, para desgosto do pobre Odisseu, parece que minha chegada a Itaca será novamente postergada e
continuará um sonho distante, já que “A Ilíada”, por uma pura questão de
cronologia (e, consequentemente, uma certa coerência, creio), passa à frente na
fila dos épicos a serem desbravados nos próximos tempos – condenando assim “A
Odisseia” a mais algum tempo em stand-by.
(por Diego T. Hahn)
Nenhum comentário:
Postar um comentário